quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Eis que o pequeno se fez grande!

Numa Igreja vazia, um pastor visitante começa a escutar uma linda melodia e vai ao encontro da belíssima voz. Chegando ao templo depara-se com um mendigo, usuário de drogas e, morador de rua na cidade Santos Dumont em Minas Gerais. 

Uma imagem vale mais que mil palavras e a canção deste homem foi uma das orações mais lindas que já presenciei: simples, verdadeira e fruto do coração. 
Um verdadeiro clamor ao coração do Pai!

E logo me veio à cabeça o trecho de um filme que assisti há pouco tempo, filme este chamado: o sobrevivente. Nele o ator principal dizia: "para sobreviver você precisa esvaziar o que está cheio, encher o que está vazio e quando sentir vontade de coçar, coce!

Há tantas pessoas se dizendo cheias, repletas de Deus e no entanto, tão vazias. Enquanto que o pobre mendigo que devia estar vazio, por nada possuir...Ah!...esse foi verdadeiramente repleto do Espírito Santo de Deus!


A Mochila


Recebi essa ilustração por e-mail e resolvi compartilhar com vocês.

Um fervoroso devoto estava atravessando uma fase muito penosa de sua vida, com graves problemas de saúde em família e sérias dificuldades financeiras. Por isso orava diariamente pedindo que o livrasse de tamanhas tribulações.
Um dia, enquanto fazia suas preces, um anjo apareceu, trazendo-lhe uma mochila e a seguinte mensagem:

- O Senhor se compadeceu da sua situação e lhe manda dizer que é para você colocar nesta mochila o máximo de pedras que conseguir, e carregá-la com você, em suas costas, por um ano, sem tirá-la por um instante sequer. Manda também lhe dizer que, se você fizer isso, no final desse tempo, ao abrir a mochila, terá uma grande alegria. E desapareceu, deixando o homem bastante confuso e revoltado. 


Como pode o Senhor brincar comigo dessa maneira? Eu oro sem cessar, pedindo sua ajuda, e Ele me manda carregar pedras? Já não me bastam os tormentos e provocações que estou vivendo? - pensava o devoto. Mas, ao contar para sua mulher a estranha ordem que recebera do Senhor, ela lhe disse que talvez fosse prudente seguir as determinações dos céus, e concluiu dizendo:

- Deus sempre sabe o que faz...

O homem decidido a não fazer o que o Senhor lhe ordenara, mas, por via das dúvidas resolveu cumpri-la em parte, após ouvir a recomendação da sua mulher. Assim, colocou duas pedras pequenas dentro da mochila e carregou-a nas costas por longos doze meses.
Findo esse tempo, na data marcada. mal se contendo de tanta curiosidade, abriu a mochila conforme as ordens do Senhor e descobriu que as duas pedras que carregava nas costas por um ao inteiro tinham se transformado em pepitas de ouro..., apenas duas pequenas pepitas!

Todos os episódios que vivemos na vida, inclusive os piores e mais duros de suportar, são sempre extraordinárias e maravilhosas fontes de crescimento.
Temendo a dor, a maioria se recusa a enfrentar desafios...temem partir para novas direções...temem sair do lugar comum, da mesmice de sempre.

Temendo peso e cansaço, a maioria faz tudo para evitar situações novas, embaraçosas, que envolvam qualquer tipo de conflito.

Mas aqueles que encaram pra valer as situações que a vida propõe, aqueles que resolvem "carregar as pedras", ao invés de evitá-las, negá-las ou esquivar-se deles, esses alcançam a plenitude do viver e transformam, com o tempo, o peso das pedras que transportaram em peso de sabedoria.

Como está sua mochila?
NELE que quer nos encher de cuidados, 

Renata.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Predestinação x Livre Arbítrio

 
 
             É impossível ler a perícope de Romanos 8. 24-30 sem levar em consideração a questão da predestinação x livre arbítrio.
            Esse tema é constante nos meios “evangélicos”, alvo de muitas críticas e discussões acaloradas para os que se encontram em ambos os lados. Uns defendem o livre arbítrio, acusando a predestinação de arrogância, pois como pode um homem dizer-se “escolhido de Deus” como se essa dádiva fosse dada única e exclusivamente para alguns e outros estivessem condenados. E então pensam:  Não! Definitivamente melhor é considerar que cada um possui responsabilidade sobre aquilo que faz e que se condenado o problema foi dele que não aceitou a Deus.
             Mas considerar isso também não é arrogância nossa? Pois quem somos nós para aceitarmos a Deus? Para tomarmos posse do que é nosso...e, o que é nosso realmente?    
Creio que a única afirmação que podemos fazer com relação ao que é nosso é: o amor de Deus.
             Sim, o amor de Deus é nosso! Mas não porque merecemos ou porque precisamos, pois o amor é dádiva, é doação do outro, não é mérito de quem o recebe. E a salvação de Deus é isto, é amor, é doação, é graça imerecida. Se a salvação fosse por merecimento já estaríamos sentindo em vida os pés queimando com um calorzinho vindo do inferno.

            Jesus, certa vez nos disse isso ao mencionar que procurou um único justo para morrer por nós e não encontrou ninguém e então se deu..., por amor.      
            Levemos em consideração alguns personagens bíblicos. Será que Jó teve escolha em não passar por tudo que passou? Ele teve livre arbítrio? Você pode estar argumentando que ele certamente poderia ter amaldiçoado Deus e morrido como propusera a esposa do mesmo. Mas isso o impediria de passar por todos os martírios pelo qual passou ou era uma permissão de Deus e quanto a isso Jó nada podia fazer? E Faraó, ele poderia ter poupado o povo hebreu sob o comando de Moisés? Ou, ao ter seu coração endurecido por Deus, o mesmo nada poderia fazer a não ser perseguir os escravos fugitivos? E quanto a Jonas, que ao ser chamado por Deus, tentou até fugir, mas de nada adiantou. Esses homens tiveram livre arbítrio? Agar teve livre arbítrio ao ser obrigada a se deitar com Abraão e depois ter que sair da presença de Sarai com seu filho nos braços? E quanto a Judas? Ele pode escolher não trair Jesus?
 
            Lembre-se que Cristo disse: Todavia, a mão do traidor está comigo à mesa. Porque o Filho do Homem, na verdade, vai segundo o que está determinado, mas ai daquele por intermédio de quem ele está sendo traído! (Luk 22:21-22 ARA).
 
           E disse também a Pedro: Simão, Simão, eis que Satanás vos reclamou para vos peneirar como trigo!  Eu, porém, roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça; tu, pois, quando te converteres, fortalece os teus irmãos. (Luk 22:31-32 ARA)   E então...Pedro teve escolha em não negar Jesus ou isso era um plano de Deus para que o apóstolo entendesse o quanto era vulnerável e se entregasse verdadeiramente ao amor de Deus livre de arrogância?
 
             O que nos prende ao não entendimento das escrituras e a discussões vãs é manter-nos atados a dogmas, a designações que nada tem a ver com o amor do Senhor.   Temos dificuldades ao investigar do que o átomo é formado, como, pois, queremos ter a pretensão em saber o que se passa na mente de Deus, em que consistem seus planos?
             Nessa altura provavelmente deve estar pensado que este é um texto tendencioso em prol da predestinação. Não, não é! Este artigo não visa estigmas, pois só é possível “tentarmos” (haja vista, nossa pequinesa) compreender os planos de Deus mediante a “desdogmatização” doutrinária.
             Dizer isso é negar a predestinação ou o livre arbítrio? De forma alguma! Os dois existem e convivem juntos, um se realiza no outro.
            Tentemos somente por um momento trocar predestinação pelo sinônimo: prévia decisão, ou decisão prévia e ao que chamamos de livre arbítrio chamemos de: livre agência. Agora como nos ensinou Jesus, tomemos uma parábola para ilustrar essa questão.
 Imaginemos um cientista que faz experimentos com ramisters. Ele prepara uma caixa de vidro, estrutura essa caixa a fim de receber e acomodar os roedores imitando assim o mais verossímil possível seu habitat. E assim mediante um problema, uma pergunta inicial, começa seu experimento.
             Seus ramisters possuem livre agência naquele meio, podem decidir o que fazer e como fazer, mas não possuem nenhum domínio sobre qual será o desfecho da experiência. Eles nada podem fazer para sair da caixa de vidro. Podem correr, pular, nadar, dormir, conforme for o seu desejo...mas, no fundo estão literalmente na mão do cientista, pois vivem sobre a decisão prévia de quem os colocou ali, da resposta que o mesmo quer obter através deles; da problemática inicial que o motivou a colocar os roedores ali.
            Isso não é uma heresia contra Deus, mas simplesmente uma forma de ilustrar o que é no fundo a “pré-destinação” e o livre arbítrio. Vejamos a questão agora sobre o prisma teológico:
 
Assim como o cientista, Deus criou um habitat para nós, movido por um problema, uma questão inicial.  Que motivação foi essa, ou porque fez isso, não cabe a nós sabermos, pois somos simples roedores. Não temos intelecto suficiente para compreender a mente do cientista.
             Mas dentro da “nossa caixa” temos livre agência, podemos decidir sobre as coisas pertinentes aos homens, então nesse sentido, sim, temos livre arbítrio. O cientista nesse ponto observa seu experimento, toma nota das atitudes dos homens. Contudo, tais atitudes e decisões são motivadas por um problema inicial, algo que foi proposto por Deus e que só ele tem a resposta, pois o sair da caixa, depende única e exclusivamente do cientista e não dos ramisters. A isso se dá o nome de predestinação.
             No livro da vida está contido todo o pré-destino dos homens. Ele é o livro de anotações dos experimentos de Deus. Assim, tudo que fazemos na caixa já foi milimetricamente calculado, não há nada que o ramister faça que não esteja nas anotações do cientista, sendo a priori sabido por ele. E isso é fato!
            Os ramisters não estão ali porque mereceram estar, porque são melhores do que outros roedores, ou porque escolheram estar. Eles estão na caixa por conta do cientista e não deles mesmos; pois, nada são a não ser roedores.
Assim também somos nós. O texto de romanos 8 nos mostra que Deus nos escolheu previamente, o versículo 30 é direcionado como se falasse a cada um individualmente. Mas isso tudo só é possível porque Deus nos amou. Ele nos amou antes mesmo de nos criar, ele separou uma parte de si mesmo – Jesus – para nos resgatar, e tudo isso anteriormente a nossa existência. E porque tudo isso???? Por amor.
             Não importa se você deseja ou não ser amado, se merece ou não. O amor quando é dado é feito com ou sem o consentimento do ser amado e não há nada que se possa fazer para evitar esse amor. O amor é um presente que será dado à pessoa mesmo que ela não queira ou mereça receber, pois amor é doação. Pode-se até tentar ignorar o amor recebido, mas isso não muda o fato de que é amado.
           Portanto, deixemos de lado dogmatismos que só nos levam a discórdia e a nenhum entendimento. Paremos de discutir sobre qual roedor é melhor, se os com manchas marrons, ou os branquinhos, ou ainda os cinzas...isso para Deus não tem a mínima importância!
          Quando ele se deu, não derramou uma gota de sangue pelos presbiterianos, outra para os batistas e mais outra para os metodistas, católicos, judeus... Ele morreu pelos homens! Debater sobre “o que verdadeiramente é certo” se predestinação ou livre arbítrio, não nos levará a caminho algum, pois como podemos discutir sobre certezas se somos por essência errados?

            Devemos sempre nos lembrar de que somos ramisters. Não possuímos a mente apurada do cientista.

            O que devemos fazer é pregar o que verdadeiramente importa: o amor de Deus por nós!

            E que a vontade do cientista, conforme está escrito em suas anotações seja feita e se cumpra em nossas vidas.

           

Em Cristo,
 
Renata.