quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Luto nosso de cada dia – parte final



 

O luto é nosso...a glória deles!

 

Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá;

    E todo aquele que vive, e crê em mim, nunca morrerá. Crês tu isto?

João 11:25-26

 

 
A morte, a separação daqueles que amamos é algo extremamente difícil, doloroso. Trata-se de uma dor física por saber que não mais estaremos com aqueles que até então fizeram parte de nossas vidas.
 
 
A Bíblia nos diz em Romanos: “Porque o salário do pecado é a morte...”.
Todos nós pecamos pelas mãos de Adão e Eva e já nascemos sobre esse mal. Assim, a morte de cada um  torna-se uma certeza.
Mas o versículo não para por aí, ele prossegue “...mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor.” Romanos 6:23 
Dessa forma, a morte não é o fim, mas uma passagem de um mundo corruptível para uma vida plena ao lado de Deus.
 
 
Quando perdemos alguma pessoa amada o sofrer, o chorar, o luto é extremamente normal e até saudável, pois, a dor da perda é amenizada pelo choro. E Jesus nos ensinou isto, mostrando-nos por diversas vezes, por exemplo, quando chorou ao receber a notícia da morte de Lázaro, mesmo sabendo que o ressuscitaria (João11). Ao ser avisado da morte de João Batista (Mt. 14.12). No Getsêmani quando se encontrava angustiado por saber que sua hora estava chegando. (Mt.26.38), etc.
 
Mas há uma tênue diferença entre o sofrer por saudade e o desesperar-se pela morte. Como já falei anteriormente, Davi cria que seu filho ficaria no Sheol, no não-lugar, onde a pessoa permanece para eternidade e lá nada faz e não há esperança de estar com Deus.
O rei de Israel não possuía as informações que temos hoje sobre a morte e ainda assim sua confiança em Yahweh era tão grande que ao receber a notícia do falecimento do filho, simplesmente glorificou a Deus e agradeceu.
 
Ora, se para Davi o Sheol significava o esquecimento do ser e ainda assim ele bendisse o nome de Deus, porque que para nós a morte tem que ser um tormento? Por acaso não cremos que Jesus morreu na cruz vencendo a morte?
 
Porque se assim acreditarmos, então o lamento deve ser por nós e não pelos que se foram. A dor é nossa, o luto é nosso! Aos que se foram cabe-lhes a plenitude da vida na companhia de Deus. Num lugar que não mais há dor...maldade...doenças.
 
As orações e preces devem ser por nós que ficamos, para que Deus console nossos corações e não pelos que em Deus já são e estão. Nenhuma oração, prece ou culto pode modificar o destino de um morto, pois sua passagem desse mundo para junto de Deus há muito já foi escrita no livro da vida.
 
“Preciosa é aos olhos do SENHOR a morte dos seus santos. Salmos 116:15” Jesus Cristo nunca se arrependeu de levar ninguém, ao contrário, ele tem prazer em nos resgatar desse mundo mau.
 
Cristo morreu para nos dar vida e não morte. E se desejássemos que a pessoa que se foi permanecesse conosco, então em nosso mais puro egoísmo estaríamos desejando-lhe o mal. Indo contra a vontade de Deus, pecando seriamente contra ele, por não aceitar que ele nos fez, dando-nos a vida e que ele pode tomar para si os que dele são na hora que bem o convier.
 
Só se desespera pela morte aquele que não possui a certeza que Jesus Cristo, Deus que se fez homem, morreu em nosso lugar e ressuscitou ao terceiro dia, nos dando a chance de estarmos com ele quando desse mundo passarmos.
 
A morte nunca foi o fim, mas o começo! E quanto a mim, quero sinceramente viver como Paulo, porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é lucro. Filipenses 1:21
 
Então chore! Chore por ti, por mim, por nós que ainda estamos num mundo de sofrimento. Mas alegre-se no Senhor pelos que se foram e espere em Deus um dia reencontrá-los.
Porque uma certeza temos: nós iremos para eles, mas eles nunca mais voltarão à nós! Pois em glória já estão!

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